segunda-feira, julho 18, 2011

somos dois...

Enamorado

Dado o mel a boca
Saboreado os prazeres sacros
Do sentimento verdadeiro
Do furor derradeiro
Como posso fugir de ti?
Como esconder este intento
Esta força que me move
Esse tom que me seduz
Como esquecer-te
Ante um instante eterno
Ante um prazer terno?
Como pode o poeta
Não vivenciar a musa
Que consome seu interior?
Que destino cruel lhe tiraria o sabor?
Que infortúnio vil lhe traria tal dor?
Não! Ninguém pode tomar
De mãos sedentas tal tesouro
Ninguém tira do amante seu amor.