Devastação
Facas apontam em mim
Penetrando os pulmões
Suturando a carne pútrida
Sugando meu ultimo ar
Distúrbios diurnos
De um tolo sonhador
Massacram sua alma
Sem piedade, sem dó
As vozes me dizem:
E ele vai rezar
Vai implorar
Mas o milagre...
Nunca chegará.
Por que meus pés insistem?
Teimo em caminhar.
Queimando, ardo
Em desespero total
Perdido no escuro
Devastado e sem moral
Quão tolo e iludido
Como criança
Na esperança
De não ser destruído.
Mas esta noite,
Eu sei, ouvi
Como poderia esquecer?!
As vozes me dizem:
E ele vai rezar
Vai implorar
Mas o milagre...
Nunca chegará
Estranhamente, meus pés insistem...
Teimo em caminhar
O que me aguarda a fronte?
Perdão algum haverá.
Pecado nenhum se pagará.
Nessa espreita soturna
O açoite da morte
Em fome e fúria
Seria a benção da sorte
Mas a mim nenhum prazer,
Nenhuma benevolência.
Todo furor e cólera
Em mim se encontram
Harmonicamente
Numa sinfonia macabra
Onde o que sobra,
Se sobra,
É o pó do que já houve um dia.
quarta-feira, maio 04, 2011
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