Fênix Entorpecida
O dedicado perdido
Caminha de pés atados
Ante as sombras da morte
Ele sofre, chora e sangra
Em desespero e fúria
Perante o holocausto
Que se seguira
Brota em si a macula maldita
Carregada, sofrida
O que o mata lentamente?
Os anos de solidão?
A culpa reprimida?
A vergonha e a coragem
De se ser quem é?
O que sufoca sua alma
Em sopros suaves
De veneno e maldição?
A desgraça de si
Em si mesmo
Ou a dor do outro
Que lhe apunha-la
Em juras de amor
Seu amor mais valioso?
Mas de fúrias e torpor
Em quatro longos passos
Da valsa macabra
Dança perante o sangue maldito
Abandonado pelas próprias veias.
E banhado em chamas
Arde, se consome
E em cinzas frívolas
Renasce a Fênix entorpecida
Quebrantada em paz e escuridão.
quarta-feira, maio 04, 2011
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